Fundamentos

The Potential of Multichain Stablecoins: A Look at Stablecoin Liquidity Across Chains

How stablecoins like USDC drive liquidity across blockchains, and why it matters.

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Principais conclusões

  • Inicialmente emitidas apenas na Ethereum, as stablecoins agora alimentam uma infraestrutura de stablecoins multi-chain que inclui várias blockchains.
  • A expansão da liquidez para várias blockchains facilita as transações e o acesso aos ativos digitais em âmbito global.
  • A emissão nativa é preferível aos ativos em ponte (bridged) quando se trata de aprimorar a interoperabilidade e a confiança na blockchain.
  • Protocolos como o Cross-Chain Transfer Protocol (CCTP) da Circle simplificam o swap cross-chain seguro de USDC entre blockchains compatíveis.
  • Os pagamentos em stablecoin multi-chain desbloqueiam o acesso a novos mercados, reduzem o atrito e favorecem experiências on-chain integradas.
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Just the basics

The Potential of Multichain Stablecoins: A Look at Stablecoin Liquidity Across Chains

As stablecoins constituem uma parte importante da economia moderna ao facilitar um volume anual acumulado de transações on-chain no valor de trilhões de dólares e fornecer apoio a diversos casos de uso, desde remessas globais até negociações descentralizadas. Esses ativos digitais são desenvolvidos para monitorar o valor de moedas fiduciárias como o dólar americano e, ao mesmo tempo, oferecer a velocidade e a componibilidade da tecnologia blockchain.

Devido à sua utilidade em uma ampla variedade de atividades financeiras, as stablecoins apresentaram um crescimento impressionante em termos de tamanho de mercado nos últimos anos e se expandiram muito além de uma única rede. A grande maioria das stablecoins usadas atualmente são stablecoins lastreadas em moeda fiduciária cujo valor é respaldado, no todo ou em parte, por moedas fiduciárias como o dólar americano. Essas stablecoins estão cada vez mais disponíveis em diversas blockchains, desbloqueando novos modelos de negócios e oportunidades financeiras onde quer que os usuários estejam mais ativos. Vamos nos aprofundar nos detalhes dessa importante evolução, mas, primeiro, confira alguns termos importantes que você precisa conhecer:

Termo

Definição

Stablecoins multi-chain

Stablecoins emitidas nativamente em diversas blockchains

Liquidez cross-chain

A possibilidade de acessar stablecoins em diversas blockchains ou movimentá-las entre blockchains diferentes

Swap cross-chain

Um mecanismo para trocar ativos entre duas blockchains

Interoperabilidade da blockchain

Comunicação e transferência integradas de ativos/dados entre blockchains

Pool de liquidez cross-chain

Pools DeFi que possibilitam liquidez em diversas blockchains

De uma única rede de stablecoins para um mundo multi-chain

Há apenas alguns poucos anos, a maior parte da atividade de stablecoins estava concentrada em uma única blockchain, a Ethereum. O USDC da Circle foi lançado na Ethereum em 2018; por volta de 2020, a ascensão das finanças descentralizadas (DeFi) consolidou ainda mais a posição da Ethereum como um hub de atividades de stablecoins.

Durante anos, a alta liquidez de mercado e a grande comunidade de desenvolvedores da Ethereum transformaram a rede na sede principal das stablecoins lastreadas em moedas fiduciárias, além de uma ampla variedade de outras inovações de blockchain como aplicativos descentralizados (dApps), NFTs e muito mais. Porém, à medida que mais usuários entulhavam a rede da Ethereum, mais congestionada e mais cara ela se tornava; enquanto isso, as taxas de transação disparavam e os pagamentos em stablecoin competiam com outros tipos de transações — como as atividades de NFTs, o trading especulativo e a ascensão de dApps como jogos on-chain. Foram esses inconvenientes, em parte, que desencadearam uma migração das stablecoins em busca de menos tráfego e taxas de gás mais em conta, o que resultou em um ecossistema de stablecoins mais diversificado e mais abrangente.

Liquidez cross-chain e stablecoins multi-chain

No início de 2025, as stablecoins já estavam presentes em dezenas de blockchains populares, embora a maior parte do valor e da atividade de trading das stablecoins continue concentrada em algumas poucas redes. Algumas das principais blockchains compatíveis com atividades de stablecoins incluem:

  • Ethereum: a Ethereum continua dominando a liquidez das stablecoins e abriga cerca de 60% do estoque total de stablecoins. Embora as ineficiências da Ethereum estejam bem documentadas, sua rede continua sendo o principal centro de atividade DeFi e a principal conexão com um grupo de blockchains compatíveis, incluindo blockchains de camada-2 semelhantes à Ethereum que utilizam uma codificação que parece familiar, mas é desenvolvida para oferecer transações relativamente mais em conta e mais rápidas.
  • Solana: o uso de stablecoins explodiu na Solana em 2024, impulsionado pelo entusiástico trading de criptomoedas e por novos projetos do ecossistema. A rede ultrapassou a BNB Chain com o terceiro maior estoque de stablecoins pela primeira vez no início de 2025.
  • BNB Chain: a BNB Chain da Binance (antiga Binance Smart Chain) constituiu, historicamente, um palco importante para as stablecoins de dólar, em grande parte graças à stablecoin nativa da Binance.
  • Blockchains emergentes: novas blockchains como a Aptos, Arbitrum, Base e Sui estão subindo rapidamente no ranking graças à taxa de transferência ampliável e ao acesso integrado ao USDC. Essas blockchains mais recentes e mais rápidas ganharam liquidez de stablecoin rapidamente, à medida que os usuários migraram para os ambientes de transação mais em conta. A Base, por exemplo, passou de quase zero para quase 2% de liquidez de stablecoin logo após o lançamento.

Por que isso é importante: como a infraestrutura multi-chain de stablecoins possibilita a interoperabilidade entre blockchains

A evolução das stablecoins, de um ativo em uma única blockchain para um recurso multi-chain, tem sido crucial para a criação de um sistema financeiro mais global e mais fácil de usar. Os diversos benefícios das stablecoins multi-chain vêm impulsionando o crescimento de soluções de liquidez cross-chain, permitindo que usuários e aplicativos movimentem valor entre blockchains com facilidade. A liquidez multi-chain ajuda a preparar as stablecoins para o uso no mundo real em diversas aplicações, regiões e protocolos, com uma série de implicações importantes para a adoção e o uso dos ativos digitais.

Liberdade e conveniência

Quando a liquidez de stablecoins é abundante, abrangendo muitas blockchains, os usuários não ficam travados em uma única blockchain; ao contrário, têm liberdade para levar seus dólares consigo para qualquer blockchain e podem escolher a blockchain que melhor atenda às suas necessidades, seja devido às tarifas mais baixas, às transações mais rápidas ou a um ecossistema de aplicativos específico, sem sacrificar o acesso aos ativos desenvolvidos para manter estabilidade.

Por exemplo, alguém que prefira a velocidade da Solana pode guardar USDC na Solana e gastá-lo ou negociá-lo nativamente com a mesma facilidade de alguém que use o USDC na Ethereum ou o USDC na Arbitrum. Para os desenvolvedores, ter stablecoins em sua blockchain significa que não precisam reinventar a roda para oferecer pagamentos ou liquidez em seus aplicativos: basta conectá-los à stablecoin em que os usuários já confiam. Esse é um dos motivos pelos quais a Circle implantou o USDC em tantas plataformas: ajudar a dar o impulso inicial em ecossistemas inteiros com uma base financeira de confiança.

Liquidez e confiabilidade cross-chain

Com as stablecoins disponíveis em diversas blockchains, as disrupções do mercado devem se tornar menos comuns e desestabilizantes. Se uma blockchain emperrar, uma outra passa a controlar o fluxo. Trata-se do equivalente a um balanceamento de carga financeiro no ambiente blockchain.

No passado, tivemos ocasiões em que o uso da Ethereum se tornou muito caro (por exemplo, durante o boom dos NFTs) e os usuários transferiram temporariamente algumas das suas atividades para redes de camada-2 ou outras alternativas de camada-1. Devido ao fato de as stablecoins estarem disponíveis em outras redes, os usuários puderam prosseguir em suas transações sem muita perturbação. Porém, se todas as stablecoins estivessem empacadas em uma única blockchain, um problema nessa rede poderia congelar uma grande parte da economia cripto. Seria como manter todas as suas contas bancárias em uma cidade que tivesse apenas um caixa eletrônico. Se esse único caixa parasse de funcionar, tudo ficaria paralisado. Ao distribuir o valor entre várias blockchains, o sistema como um todo se torna mais resiliente e menos suscetível a perturbações.

Crescimento mais amplo do ecossistema

A disponibilidade de pools de liquidez cross-chain para stablecoins pode representar o sucesso ou a ruína dos ecossistemas de blockchain emergentes. Muitos usuários não aceitarão interagir seriamente com uma nova blockchain se não tiverem a possibilidade de depositar e depois sacar seu dinheiro do ecossistema emergente em um formato estável com facilidade. Como resultado, quando stablecoins são disponibilizadas em novas blockchains, essas redes atraem usuários com mais facilidade. Fomos testemunhas de como, em 2024, a Base formou rapidamente seus pools de stablecoins — aumentando 300% em menos de 6 meses, um crescimento impulsionado em grande parte pela presença do USDC na Base). Da mesma forma, vimos como o renascimento da Solana foi impulsionado pelo fluxo de USDC entrando na rede.

No futuro, talvez vejamos blockchains ainda mais especializadas — dedicadas a jogos, redes sociais e assim por diante — decolando mais rapidamente por terem stablecoins prontamente disponíveis para alimentar economias ou sistemas de recompensa dentro de aplicativos. Quando entenderem com facilidade como transferir stablecoins entre blockchains, os usuários poderão fazer com que essas redes peguem no tranco com eficácia injetando uma liquidez confiável desde o primeiro dia.

Uma economia digital mais unificada e sem atrito

Além de criar uma ponte entre as finanças tradicionais e DeFi, as stablecoins também estão vinculando blockchains diferentes. Um número crescente de corretoras descentralizadas (DEXs) e plataformas com foco em swap cross-chain estão usando as stablecoins como um meio de troca comum — o que, em última instância, gera serviços mais em conta e mais rápidos para o usuário final.

Por exemplo, imagine tomar um empréstimo em stablecoin na camada-2 da Ethereum e, em seguida, usar esses fundos de forma integrada em um aplicativo da Solana, tudo por meio de protocolos interconectados em segundo plano. Para os usuários, a sensação seria de que suas stablecoins foram "teletransportadas" exatamente para o local onde eram necessárias — sem nenhuma ponte e nenhum atrito. O importante aqui é que a utilidade das stablecoins aumenta quando não são mantidas isoladas. Se os seus dólares digitais só puderem existir em um ecossistema fechado, sua utilidade ficará limitada, mas se forem aceitos em qualquer lugar da blockchain, stablecoins como o USDC finalmente irão materializar seu propósito original: atuar como uma espécie de dinheiro que se movimenta na velocidade da internet.

Como as stablecoins se movimentam entre blockchains

As stablecoins existem nas várias blockchains de duas maneiras principais: com emissão nativa e em ponte (bridged).

Stablecoins nativas

Quando uma stablecoin é "nativa", isso significa que a empresa por trás da stablecoin emitiu os tokens diretamente na blockchain. Por exemplo, em 13 de junho de 2025, a Circle, empresa por trás do USDC, estava emitindo em mais de 20 blockchains o USDC nativo — uma stablecoin resgatável, rastreável e focada em segurança por design, querendo dizer que cada token é totalmente respaldado por dinheiro e ativos equivalentes a dinheiro altamente líquidos (para acessar uma lista completa e atualizada das blockchains que oferecem suporte nativo ao USDC, clique aqui.)

Se não for emitida nativamente em uma blockchain, uma stablecoin continua podendo existir nessa rede usando uma ponte. Criar uma ponte funciona ao travar as stablecoins em uma blockchain e emitir stablecoins "encapsuladas" em outra. Por exemplo, antes de o USDC nativo ser lançado na Avalanche, os usuários transferiam USDC em ponte baseado na Ethereum para a Avalanche usando pontes de terceiros e criando tokens "USDC.e" na Avalanche. Para resgatar esses tokens era necessário, primeiro, criar uma ponte para transferi-los de volta para a Ethereum, adicionando etapas extras, possíveis taxas e riscos de segurança se a ponte fosse comprometida.

Embora ajudem a movimentar stablecoins na rede, as pontes introduzem mais riscos: se uma ponte for invadida, os usuários podem perder seus fundos. As pontes adicionam risco e complexidade; além disso, costumam criar várias versões do mesmo token que não se comportam da mesma forma. Por essa razão, a maioria dos fornecedores de stablecoins estão tentando emitir stablecoins nativas diretamente em mais blockchains, de modo a reduzir a dependência de pontes de terceiros.

Novas tecnologias também estão tornando as transferências mais seguras. Por exemplo, para ajudar a solucionar as dificuldades inerentes à criação de pontes, a Circle lançou o Cross-Chain Transfer Protocol (CCTP), um sistema sem permissão que permite a movimentação de USDC nativo entre redes blockchain compatíveis. Em outras palavras, em vez de travar o USDC em um contrato inteligente em uma blockchain e cunhar uma versão semelhante-mas-diferente em outra, o CCTP funciona queimando (ou destruindo) o USDC nativo na blockchain de origem e cunhando (ou criando) o USDC nativo na blockchain de destino. Com o CCTP, seu USDC não precisa ficar travado em um contrato inteligente onde poderia, possivelmente, incorrer em mais riscos. Além disso, como se trata de um sistema aberto, qualquer desenvolvedor pode incorporar a funcionalidade do CCTP em seus dApps — incluindo DEXs e pontes — para movimentar USDC nativo entre blockchains mais rápido e de forma integrada.

Por que os pagamentos multi-chain em stablecoin são o futuro 

As stablecoins já excederam em muito seu papel original de simples tokens em uma única blockchain. Hoje, seu crescimento em vários ecossistemas de blockchain reflete seu papel fundamental nas finanças digitais.

O crescimento dos pagamentos multi-chain em stablecoin desbloqueia novas eficiências financeiras, tanto para pessoas físicas quanto para instituições. À medida que as redes se tornarem mais conectadas, as stablecoins passarão a atuar como uma camada de valor para uma liquidez cross-chain integrada e finanças digitais interoperáveis.

As stablecoins estão rapidamente se tornando o tecido conjuntivo da economia digital. Essas importantes ferramentas conectam diferentes ecossistemas de blockchain, alimentam produtos financeiros inovadores e ajudam as pessoas a participar de uma economia digital mais confiável em sua vida diária.

Uma pessoa olhando para o USDC em um aplicativo
Uma pessoa olhando para o USDC em um aplicativo

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